Após vários anos, resolvi ler novamente os
romances de Stephen King. O "Rei do Terror", como é conhecido já vendeu mais de 400 milhões de cópias e venceu inúmeras premiações. Tais fatos o colocam como um dos maiores escritores de todos os tempos, e o maior do gênero. Consequentemente, não há livro ruim de King, há apenas bons, muito bons e ótimos.
Gosto de ler as obras de Stephen King por conta da clareza ao narrar fatos da história, na construção dos personagens e nas reviravoltas. Confesso que escolhi
Joyland por acaso. Como de costume, estava navegando pela internet em busca de promoções de livros. Meu e-commerce preferido é o da Amazon. Além do excelente serviço de logística (os livros chegam em 2 ou 3 dias aqui onde moro), os preços são bastante atrativos. Certa vez, encontrei Joyland por 25 reais. Comprei. Outro fator importante para a minha decisão de compra foi a capa, bem bonita e atrativa. Ponto para a equipe gráfica da
Suma Editora.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa: a resenha do livro Joyland. Me acompanhe!
Sobre o autor: Stephen King
King lançou
Joyland em 2013, ou seja, é um livro recente, um dos últimos de King. Para efeito de comparação,
Carrie, a Estranha, romance de estreia de Stephen King, foi lançado 39 anos antes, em 1974. Além desses dois, King é responsável por mais de 50 best-sellers, como
Mr. Mercedes,
Doutor Sono,
Sob a Redoma e
A Espera de um Milagre.
Stephen Edwin King, nasceu em 21 de setembro de 1947 e foi criado por sua mãe e seu irmão Dave. Até o sucesso do seu primeiro romance, passou por sérias dificuldades financeiras e familiares, como ele mesmo conta no livro Sobre a Escrita - A Arte em Memórias,
lançado em 2000.
Até o momento, King já lançou 54 romances, 5 livros de não ficção e escreveu mais de 200 contos, sendo que parte destes foram compilados em livros de contos. Em setembro de 2020, King lançará mais um livro de conto, chamado no Brasil de
Com Sangue.
Sinopse de Joyland
O protagonista, Devin Jones, jovem universitário de 21 anos, consegue um trabalho temporário em Joyland, um parque de diversões, na esperança de esquecer o
"pé na bunda" que levou de sua namorada. Porém, é outra garota que acaba mudando o seu mundo para sempre: Linda Gray, vítima de um serial killer.
A história de Linda, que fora assassinada dentro do parque, é tratada como uma lenda urbana. Alguns dizem que seu espírito assombra o parque. Outros relatam ter visto ela dentro de um brinquedo. Diante tanto mistério, aliado à curiosidade, Devin inicia uma investigação particular, tentando juntar as pontas soltas da história.
Devin conta a ajuda de Mike, um garoto que possui dons especiais e uma doença grave. A realidade do garoto e a realidade sombria da vida vêm à tona .
Como se desenvolve a narrativa
O romance começa em ritmo lento. A primeira metade do livro é focada na relação de Devin Jones com seus novos amigos: Tom Kennedy e Erin Cook. Ambos também fazem trabalho temporário de verão junto à Devin. Os três moram na pensão da Srta. Shoplaw, além de outra residente (esta sem relevância para a história).
O tempo de Devin é dividido entre os aprendizados do novo emprego e a dificuldade em esquecer sua ex-namorada.
Por mais que a lenda do assassinato de Linda Gray é apresentada no início, há pouco suspense até esta metade do livro. O livro, até este momento, se assemelha a um filme adolescente de sessão da tarde. Todavia, por volta da página 100,
Tom afirma ter visto o fantasma de Linda Gray quando os três estão passeando na Horror House, um dos brinquedos de terror de Joyland. Tom fica traumatizado, o que desperta o interesse de Devin em investigar o caso.
A segunda metade do livro foca na relação de Devin Jones com Mike, um garoto que possui distrofia muscular e, por isso, se locomove em uma cadeira de rodas. Além desta condição física, Mike possui dons especiais, tipo um meédium. Neste momento da narrativa, Tom e Erin já não trabalham mais em Joyland, tendo em vista que o verão já se foi. Devin, por sua vez, decide trabalhar de forma permanente no parque.
A relação de Jonesey, apelido dado pelos funcionários do parque a Devin, com Annie, mãe de Mike e o próprio Mike se intensifica. E a narrativa fica realmente interessante quanto há uma conexão entre Mike e Linda Gray. Mike afirma que precisa visitar o parque para que Linda, finalmente, pudesse ir embora (na visão do garoto, por conseguir se comunicar com ela, isso seria possível).
Erin Cook volta a Heaven's Bay para investigar o assassinato da garota junto a Devin. Ela havia conseguido novas fotos e relatos da época do crime. Não há reviravoltas, mas sim algumas surpresas em relação à morte da garota e de personagens presentes na história.
O final é triste, mas também previsível.
Características do livro
O livro possui o ponto de vista em primeira pessoa, na voz do próprio Devin Jones. E ele conta a história, décadas depois do acontecimento. Vez ou outra, ele retoma aos dias atuais para conversar com o leitor.
Joyland possui 238 páginas, um romance curto, para os padrões de King. E, assim como os outros livros do autor,
Joyland é editado e publicado pela Suma Editora. Está na sua 11ª reimpressão e a tradução em português foi feita pela Regiane Winarski.
Joyland vale à pena?
Este não é o melhor romance de King, mas também não é o pior. Por ter sido lançado recentemente, nos mostra uma escrita mais madura de Stephen King.
É gostoso de ler, a história é fluida e deverá agradar os amantes de um "suspende no parque + romance adolescente de sessão da tarde".
Joyland pode ser encontrado por bons preços, fator que pode ser determinante para a sua decisão de compra. Enfim, livro recomendado.
Gostou da resenha? Há outras no blog, que tal dar uma lida? Nos vemos no próximo post!