O texto de hoje dispensa uma extensa introdução. É comum, o grande público conhecer uma obra e não associá-la ao autor, mas com
Game of Thrones e
George R. R. Martin isso beira o impossível.
Talvez, a única primeira curiosidade e que possa causar um efeito “uau!” nas pessoas é que
Game of Thrones
não é uma série de livros, ao contrário da mundialmente famosa série da HBO.
GOT, como carinhosamente é chamado, é apenas o primeiro livro da, aí sim, série
As Crônicas de Gelo e Fogo.
Se é tão surpreendente ou não a informação, você pode me contar nos comentários, mas, agora, vou trazer informações que com certeza serão novidades para muitos. Vamos conhecer um pouco da história de Martin, porque ela começou bem antes da HBO.
Biografia de George R. R. Martin
Adoro autores que assinam abreviando os sobrenomes e, ao chegar ao sucesso, nós leitores ficamos tentando decifrar qual o nome completo. Pois bem, Martin nasceu
George Raymond Richard Martin, em 20 de setembro, de 1948, em Bayonne, Nova Jersey (EUA).
A sua infância não foi das mais fáceis, inclusive, tal fator foi determinante para George tornar-se escritor. De origem humilde, com um pai estivador, a família Martin, composta pelos pais, o pequeno George e mais duas irmãs, vivia sempre em mudanças por conta do emprego do pai e uma casa espaçosa nunca foi uma realidade.
Para driblar tal situação, George Martin adquiriu o gosto pela leitura e escrita. E foi com a literatura que ele ganhou seus primeiros trocados. Poucos, mas já era um esboço do trabalho de escritor. Ainda na infância, o autor começou a escrever algumas histórias sobre monstros e ficção e vendê-las, pelo valor irrisório de 1 centavo, pela vizinhança e escola.
Outro fator que serviu como impulsionador para a carreira de escritor de Martin foi a leitura de revistas em quadrinhos.
George R. R. Martin era uma criança alucinada pelas
HQs - principalmente O Quarteto Fantástico -, diversas vezes, suas cartas aos editores eram publicadas.
Um último dado curioso sobre a vida de George, antes de entrarmos na sua carreira literária: George R.R. Martin formou-se em jornalismo pela Medill School da Universidade Northwestern, no Illinois, em 1970. Martin ainda concluiu um mestrado na área.
Carreira literária de George R. R. Martin
Quem vê o sucesso de
Game of Thrones deve achar que Martin teve um caminho tranquilo até o estrelato. Pois bem, engana-se. Logo no início, uma de suas histórias chegou a ser
rejeitada 42 vezes. Mas, mal sabia que anos depois estaria sendo premiado com
Hugo Awards e Nebula Awards.
No início da carreira, a ficção científica era o gênero predominante em suas obras, o que não significava que não havia espaço para outros gêneros. Muito pelo contrário, desde o início, o
universo fantástico, da fantasia esteve presente nas publicações de Martin.
Nos anos 70, os principais marcos da carreira de George R.R. Martin foram a sua primeira história vendida -
O Herói
- e a sua primeira indicação ao Prêmio Hugo e ao Prêmio Nebula, já em 1973, com a obra
With Morning Comes Mistfall. Infelizmente, não foi dessa vez.
Se a década de 70 ainda era tudo muito novo para Martin, os anos 80 vieram cheio de altos e baixos. George experimentou o sucesso com
Sonho Febril, mas da mesma forma repentina que ele foi colocado em um pedestal,
The Armageddon Rag quase sepultou a carreira de Martin.
Depois desse baque, o melhor mesmo foi dar uma pausa na carreira literária e enveredar pelo caminho da televisão. E foi uma escolha muito sábia. Na segunda metade da década de 80, Martin trabalhava para Hollywood, produzindo roteiros de séries, com destaque para
The Twilight Zone e Beauty and the Beast.
A pausa não quer dizer que Martin se afastou por completo da literatura no final dos anos 80, mesmo em um ritmo mais lento, ainda teve o lançamento da coletânea
Tuf Voyaging, o desenvolvimento do universo de
Wild Card e, em 87,
Nightflyers foi adaptada para o cinema. Tudo isso seria um presságio para que viria em 90?
Provavelmente, a década mais importante para Martin. Decidido a retomar de vez com a carreira literária, em 1991 nasce a série
As Crônicas de Gelo e Fogo. Seu nascimento já era previsto para ser épico e, em 1996, é publicado o primeiro livro da série:
A Guerra dos Tronos. O que aconteceu depois, todo mundo já sabe. É impossível falar sobre séries ou literatura fantástica sem citar Martin e suas
Crônicas de Gelo e Fogo.
Algumas obras de George R. R. Martin
É claro que George R.R. Martin está além de
Game of Thrones. Por isso, separei algumas de suas obras para que você tenha muitas outras opções para conhecerem o trabalho de Martin.
Romances
- A Morte da Luz (1997);
- Santuário dos Ventos (1981);
- Sonho Febril (1982);
- A Guerra dos Tronos (1996);
- A Fúria dos Reis (1998);
- A Tormenta de Espadas (2000);
- O Festim dos Corvos (2005);
- Caçador em Fuga (2007);
- A Dança dos Dragões (2011).
Contos e novelas
- O Heróis (1971);
- A Saída Para San Breta (1972);
- O Segundo Tipo de Solidão (1972);
- Com a Manhã Vem o Pôr da Neblina (1974);
- Uma Canção Para Lya (1974);
- Flores Amargas (1977).
Curiosidades
- Onze anos após a publicação de
A Guerra dos Tronos, a HBO comprou os direitos de adaptação da série
As Crônicas de Gelo e Fogo. O primeiro episódio foi ao ar no dia 17 de abril de 2011 e foi assistido por mais de 4 milhões de espectadores;
- Em 2005, o quarto livro da série;
O festim dos Corvos; chegou ao topo da lista de livros mais vendidos do The New York Times e do The Wall Street Journal;
- Entre a exibição do primeiro episódio de
Game of Thrones e a renovação da série para uma segunda temporada, passaram-se apenas dois dias;
- George R.R. Martin já foi instrutor de jornalismo e diretor de um torneio de xadrez;
- O autor é colecionador de diversos itens: miniaturas medievais, livros de ficção científica, terror e fantasia e, claro, de revistas em quadrinhos;
- A primeira inspiração para
As Crônicas de Gelo e Fogo pode ter vindo da infância e das tartarugas que o autor criava em castelos de brinquedos e as histórias por ele criadas sobre a “sociedade real das tartarugas”.
.
Conhecer um pouco a história dos grandes nomes da literatura mundial é inspirador, não é mesmo? É impressionante como esses artistas das palavras conseguem produzir um trabalho tão perfeito que, basta uma única obra, para eles serem eternizados praticamente como cânones da literatura.
Agora, se você me permite, quero fazer um convite não para o mundo de fantasias, mas para um universo distópico. Quero te apresentar a minha obra, a minha distopia em uma literatura
young adult:
Lucas: a esperança do último é um romance distópico que estou produzindo através de um projeto de financiamento coletivo. Para que você conheça um pouco sobre a história de um futuro sombrio, onde apenas 2% da população está viva, disponibilizei os três primeiros capítulos para leitura!
Baixe, agora os primeiros capítulos e conheça Lucas!