Você já ouviu falar na autora
Ursula K. Le Guin, ou até mesmo lido um de seus livros? Muito mais do que “apenas” a primeira profissão citada, Guin é
escritora, ficcionista, tradutora, poetisa, ensaísta e editora literária estadunidense.
Ao total, soma um pouco
mais de 50 anos de carreira e incríveis 100 obras publicadas. Nascida em 21 de outubro de 1929, a autora é tida pelo renomado New York Times como
"a maior escritora viva de ficção científica dos Estados Unidos".
Por isso, recebeu o título de
“lenda viva” antes mesmo da sua morte, que ocorreu em 22 de janeiro de 2018, aos 88 anos.
Sua obras estavam sempre baseadas na
ficção, tendo como principal gênero o
romance. Nas suas publicações era corriqueiro encontrar discussões sobre política, filosofia, psicologia, etnografia, biologia, religião, antropologia e sexualidade e gênero. A própria Le Guin disse que preferia ser conhecida como uma
"romancista americana".
Guin se considerava uma feminista e acreditava na equidade social entre homens e mulheres.
Quer conhecer um pouco mais do legado da autora por meio das suas obras imortais? Então confira a lista especial bem abaixo!
5 obras importantes de Ursula K. Le Guin
Confira os principais livros da autora:
1. Floresta é o nome do mundo (1972)
O planeta Athshe era um verdadeiro paraíso, coberto por densas e colossais florestas. Seus habitantes, humanoides com pouco mais de um metro de altura e corpos cobertos por pelos verdes e sedosos, viviam em paz.
Então outros vieram. Muito mais altos e de pele lisa, eles caíram do céu e começaram a desbravar o território ao seu redor, enxergando os nativos como meros animais selvagens. Eles vieram de um mundo em ruínas e superpovoado, faminto por matérias-primas, madeira e grãos: a Terra.
Sem precedentes culturais para tirania, escravidão ou guerra, os nativos encontram-se à mercê de seus novos e brutais colonizadores.
Quando o desespero atinge níveis inimagináveis, uma revolução é inevitável. Cada golpe contra os invasores será um golpe contra sua própria humanidade. Mas os conquistadores alienígenas os ensinaram a odiar.
2. A Mão Esquerda da Escuridão (1969)
Escrito há 50 anos,
A mão esquerda da escuridão é um marco na literatura de fantasia e ficção científica, vencedor do
Hugo e do
Nebula, mantendo-se até hoje como uma voz precursora e potente nas discussões da humanidade.
Enviado em uma missão intergaláctica, Genly Ai, um humano, tem como missão persuadir os governantes do planeta Gethen a se unirem a uma comunidade universal.
Entretanto, Genly, mesmo depois de anos de estudo, percebe-se despreparado para a situação que lhe aguardava. Ao entrar em contato com uma cultura complexa, rica, quase medieval e com outra abordagem na relação entre os gêneros, Genly perde o controle da situação.
É humano demais, e, se não conseguir repensar suas concepções de feminino e masculino, correrá o risco de destruir tanto a missão quanto a si mesmo.
3. O Feiticeiro de Terramar (1968)
Há quem diga que o feiticeiro mais poderoso de todos os tempos é um homem chamado Gavião.
Este livro narra as aventuras de Ged, o menino que um dia se tornará essa lenda.
Ainda pequeno, o pastor órfão de mãe descobriu seus poderes e foi para uma escola de magos. Porém, deslumbrado com tudo o que a magia podia lhe proporcionar, Ged foi logo dominado pelo orgulho e a impaciência e, sem querer, libertou um grande mal, um monstro assustador que o levou a uma cruzada mortal pelos mares solitários.
Publicado originalmente em 1968,
O feiticeiro de Terramar se tornou um clássico da literatura de fantasia. Ged é um predecessor em magia e rebeldia de
Harry Potter. E Ursula K. Le Guin é uma referência para escritores do gênero como Patrick Rothfuss, Joe Abercrombie e Neil Gaiman.
4. Os Despossuídos (1974)
Os Despossuídos é um romance de ficção científica ambientado no mesmo universo que
A Mão Esquerda da Escuridão. Vencedora dos prêmios
Nebula, em 1974,
Hugo e Locus, em 1975, a obra lida com temas fundamentais da sua época, como o capitalismo, o comunismo russo e o anarquismo, além dos conceitos de individual e coletivo.
A trama passa em dois planetas-gêmeos: Urras e Anarres. O primeiro é um mundo dividido em vários estados e dominado pelos dois maiores, que são rivais.
Numa alusão clara aos Estados Unidos e à União Soviética, um dos Estados possui uma economia forte e uma sociedade patriarcal, enquanto o outro se posiciona como proletário e deseja imprimir seu modelo político em todo o planeta.
Além disso, há um terceiro país, que, embora subdesenvolvido, é de extrema importância e se torna alvo de uma disputa política entre as duas nações soberanas, que iniciam uma guerra disfarçada entre si, em uma alusão à Guerra Fria.
5. As Tumbas de Atuan (1970)
Quando Tenar é escolhida como sacerdotisa, tudo lhe é tirado: casa, família e até o nome.
Com apenas 6 anos, ela passa a se chamar Arha e se torna guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um lugar sagrado para a obscura seita dos Inominados. Já adolescente, quando está aprendendo os caminhos do labirinto subterrâneo que é seu domínio, ela se depara com Ged, um mago que veio roubar um dos maiores tesouros das Tumbas: o Anel de Erreth-Akbe.
Um homem que traz a luz para aquele local de eternas trevas, ele é um herege que não tem direito a misericórdia. Porém, sua magia e sua simplicidade começam a abrir os olhos de Arha para uma realidade que ela nunca fora levada a perceber e agora lhe resta decidir que fim terá seu prisioneiro.
Finalista da Newbery Medal, que premia os melhores livros jovens de cada ano, As Tumbas de Atuan dá continuidade ao elogiado Ciclo Terramar com uma singela história que rompeu com os paradigmas de heroína quando foi lançada.
Gostou de conferir um pouco mais sobre Ursula K. Le Guin? Então aproveite a visita e conheça o meu romance,
Lucas a Esperança do Último. Até o próximo post!