Originalmente publicado como
Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, o livro em questão passou a ser chamado de Blade Runner por conta do sucesso do filme
Blade Runner: o Caçador de Androides, 1982, do diretor Ridley Scott, popularizando a história de K. Dick. Logo, por questões comerciais, o nome Blade Runner passou a estampar as capas das publicações.
E este livro estava na minha prateleira para leitura há alguns meses. Após certa "enrolação", encarei
uma das mais aclamadas obras do autor e digo que minha empatia pela história veio logo nas primeiras páginas. Conheça mais sobre Blade Runner lendo a resenha abaixo. Boa leitura!
Sobre o autor Philip K. Dick
Nascido em Chicago no ano de 1928, consagrou-se como um dos maiores autores de ficção-científica da história. Sendo um dos responsáveis, inclusive, por moldar esse gênero.
As suas primeiras publicações surgiram na década de 1950, mas com pouco apelo comercial. A aclamação veio após a publicação do livro “O Homem do Castelo Alto”, em 1962. Seu sucesso foi tanto que fez Philip levar para casa o Prêmio Hugo, responsável por estruturar as maiores lendas da literatura de ficção-científica.
Mesmo não sendo tão reconhecido durante a sua vida, as adaptações dos seus livros para a telinha de cinema fez com que o seu público se tornasse ainda maior. A sua morte ocorreu em 1982, aos 52 anos, poucos meses antes do lançamento do filme Blade Runner, com Harrison Ford no papel do protagonista Rick Deckard.
Sinopse de
Blade Runner
O planeta Terra foi devastado por uma guerra atômica e grande parte da população sobrevivente emigrou para os mundos-colônias, fugindo da poeira radioativa que extinguiu inúmeras espécies de animais e de plantas. Toda criatura viva se torna, então, um objeto de desejo para aqueles que permaneceram, mas esse é um privilégio de poucos. Para a maioria que não pode pagar por um espécime autêntico, empresas começam a desenvolver réplicas eletrônicas e incrivelmente realistas de pássaros, gatos, ovelhas... e até mesmo de seres humanos.
Rick Deckard é um caçador de recompensas. Seu trabalho:
eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance aparece ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte. É quando Rick percebe que a linha que separa humanos e androides não é tão nítida como acreditava.
Como a narrativa se desenvolve
Blade Runner é um livro curto, pouco mais de 200 páginas, o que leva a uma construção de
narrativa bastante objetiva. Logo nas primeiras páginas o leitor já entende qual será o objetivo do caçador de recompensas Rick Deckard. Vivendo com sua esposa, Iran, e sua ovelha elétrica, Deckard é um oficial que não emigrou da Terra para outras colônias após a guerra atômica.
A
Terra, destruída, e constantemente retratada como um lugar desértico, sem vida e com uma densa poeira radioativa, é o
palco de toda a jornada do protagonista, que em um período de apenas
um dia executa todas as suas ações.
Em paralelo à história de Rick Deckard, acompanhamos a história de
John Isidore, um Especial, ou
cabeça de galinha, pessoas que foram excluídas do processo de emigração para Marte. Dotado de pouca inteligência, Isidore conhece alguns androides (ou andys) alvos de Rick.
O ponto alto da história de K. Dick fica por conta da relação dos humanos com os animais. Estes são escassos e são vendidos a preços absurdos, podendo valer milhares de dólares (lembrando que o livro foi escritor na década de 60). E durante toda a narrativa fica claro que
a grande motivação de Rick para anular os andys é a recompensa de mil dólares
por cada andy abatido. Com o dinheiro, ele poderá finalmente comprar um animal verdadeiro.
Além da curiosa obsessão dos humanos pelos animais, a relação entre humanos e androides também é bastante interessante. A tecnologia é tão avançada que é
quase impossível distinguir quem é humano e quem é androide. E este é o grande desafio de Rick para execução do plano.
Como disse anteriormente, nosso apego à história ocorre rapidamente, sendo um livro bastante fluido e que possui um terceiro ato bem construído e com um final esperado, sem grandes surpresas ou reviravoltas.
Blade Runner vale à pena?
O livro é bastante versátil. Agrada aos aficcionados por ficção científica e pode ser uma boa porta de entrada para àqueles que não estão acostumados com este tipo de leitura. A narrativa é bem construída e convincente. Portanto, sim,
Blade Runner vale à pena.
O que achou da resenha de hoje? Já leu este livro? Me conte aqui nos comentário. Até o próximo texto!