Você já começou a ler algum livro, mas parou no meio do caminho porque achou a obra muito complexa? Acredite, esse efeito ocorre mais do que parece. Por isso, neste artigo, decidi trazer 6
top livros difíceis de se ler — apesar de serem emblemáticos.
Lembrando que o motivo para a desistência da leitura podem ser inúmeros. Os principais são:
uma linguagem muito rebuscada,
narrativa irregular que exige demais do nosso raciocínio, número gigante de páginas ou até mesmo de títulos, e muitos outros.
Muitos leitores, inclusive, ao iniciarem algumas das obras listadas abaixo fazem planejamentos para chegarem até a última página. Por mais que a leitura seja finalizada, em outros casos o raciocínio do livro não foi absorvido. O jeito, então, é ler tudo novamente.
Então
se você procura exercitar muito o seu cérebro enquanto folheia as páginas de uma obra está no lugar correto! Confira abaixo os top livros difíceis de se ler e me diga nos comentários se já finalizou algum deles. Vamos lá?
Afinal, quais são os top livros difíceis de se ler?
Confira abaixo a lista especial:
1 - O Jogo da Amarelinha (Julio Cortázar)
“A verdade, a triste e bela verdade, é que cada vez gosto menos de romances, da arte romanesca tal como é praticada nestes tempos. O que estou escrevendo agora será (se algum dia eu terminar) algo assim como um antirromance, uma tentativa de romper os moldes em que esse gênero está petrificado”,
Escreveu o autor numa carta de 1959 quando iniciava a escrita do que viria a ser “O jogo da amarelinha”.
Publicado em 1963, o relato de amor entre um intelectual argentino no exílio, Horácio Oliveira, e uma misteriosa uruguaia, a Maga, ao acaso das ruas e das pontes de Paris, é um marco da literatura do século vinte.
A obra mais emblemática do autor foi uma verdadeira revolução no romance em língua espanhola:
pela primeira vez um escritor levava às últimas consequências a ideia de transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem para contá-la. Por isso é um top livro difícil de se ler.
2 - 2666 (Roberto Bolaño)
Fiel aos dois principais temas que atravessam toda a obra do autor chileno - violência e literatura -, o livro é
composto de cinco romances, interligados por dois dramas centrais: a busca por um autor recluso e uma série de assassinatos na fronteira México-Estados Unidos.
A primeira história
narra a saga de quatro críticos europeus em busca de Benno von Archimboldi, um escritor alemão recluso do qual não se conhecem fotos. Na segunda,
há a agonia de um professor mexicano às voltas com seus problemas existenciais.
O terceiro romance
conta a história de um jornalista esportivo que acaba se envolvendo com crimes cometidos contra mulheres da cidade de Santa Teresa, no México (ficcionalização de Ciudad Juárez).
Na quarta e mais extensa das partes do livro,
os crimes de Santa Teresa são narrados com a frieza e o distanciamento próprios da linguagem jornalística das páginas policiais. E finalmente,
na quinta história o leitor é conduzido de volta à Segunda Guerra, tornando-se testemunha do passado misterioso de Benno von Archimboldi.
3 - Ada ou Ardor: a crônica de uma família (Vladimir Nabokov)
“Ada ou ardor”
relata a precoce e insanável paixão do narrador nonagenário Van Veen, por sua irmã, Ada, num país fictício que funde a Rússia aos Estados Unidos, localizado no planeta Antiterra, onde se falam inglês e francês.
Entre separações e reencontros, ao sabor das entradas em cena de um terceiro personagem, a patética Lucette, Van e Ada tentam afirmar sua paixão, que é a única arma de que dispõem contra os estragos e os anéis do Tempo.
4 - Finnegans Wake (James Joyce)
Uma história sem começo ou fim real (termina no meio de uma frase e começa no meio da mesma),
esse livro é notável tanto por sua prosa quanto por sua estrutura circular. Escrito em uma linguagem de sonho fantástico, forjado a partir de trocadilhos poliglotas, a obra apresenta alguns dos trabalhos inventivos mais brilhantes de Joyce.
“Finnegans Wake'' é uma poção em forma de livro, resultado de um caldeirão preenchido com pesquisas exaustivas, muitos (mesmo) trabalhos de recriação e reinterpretação de linguagem, uma quantidade gigante de informações a cada parágrafo.
5 - Em busca do tempo perdido (Marcel Proust)
“Em busca do tempo perdido” é
uma das maiores criações da literatura mundial. Dividida em
sete livros, a obra-prima de Marcel Proust foi publicada entre 1913 e 192, mas sua beleza e força vão se revelando cada vez mais impactantes com o correr dos anos.
Os sete volumes que constituem a obra são:
- Do Lado de Swann, 1913;
- À sombra das raparigas em flor, 1919;
- O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921;
- Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921 e 1922;
- A prisioneira, publicado postumamente em 1923;
- A Fugitiva - Albertine desaparecida, 1927;
- O tempo reencontrado, 1927.
6 - O Tempo e o Vento (Érico Veríssimo)
“O Tempo e o Vento” é uma série literária de romances históricos do escritor brasileiro Erico Verissimo. É dividido em três grandes partes:
“O Continente”, “O Retrato” e “O Arquipélago”.
A trilogia é a mais famosa saga da literatura brasileira. São 150 anos da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, publicadas entre 1949 e 1962.
O primeiro volume de “O Continente” abre a trilogia. Erico
mergulha no passado do Rio Grande do Sul e do Brasil em busca das raízes do presente. O país vive um momento de redescoberta, com o fim do Estado Novo e da Segunda Guerra Mundial, e o começo da Guerra Fria.
Nos dois volumes de “O Retrato”,
Rodrigo Terra Cambará constrói uma imagem de político popular e generoso, enfrentando as contradições de seus afetos privados e reafirmando sua inteireza ética e sua coragem.
“O arquipélago”, última parte da trilogia,
encerra a história da família Terra Cambará. O Brasil, o Rio Grande do Sul e Santa Fé se modernizam, e não cabem mais nos planos das oligarquias tradicionais.
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