Engana-se quem acredita que para publicar um livro, basta apenas escrever a história e pronto. Um bom livro é composto por algumas partes extras, como, por exemplo, o
prólogo, o
prefácio e o
epílogo.
E o que estou fazendo, agora, é uma tentativa de ilustrar o uso do prólogo. Você sabe o que é? Seria ele fundamental para o seu livro? Se já existe um prefácio, para que utilizar o prólogo?
Entender o conceito, diferenciação entre os componentes do livro é de suma importância se você quer criar uma bela obra literária.
Então, após esse breve prólogo, é hora de você realmente entender o que é e como fazer. Boa leitura!
O que é um prólogo
Prólogo, como tentei mostrar anteriormente, é como
uma introdução da sua história. Então, já deduzimos que na construção de um livro, o prólogo antecede o primeiro capítulo. Ele é responsável por situar, digamos assim, o leitor no universo literário no qual ele está adentrando.
Nem sempre, os autores optam por um prólogo em seus livros, mas caso você esteja ponderando apresentar essa introdução aos seus leitores, é preciso ficar atento a alguns detalhes.
Por mais que a função do prólogo seja preparar o leitor,
não é indicado que você já apresente informações primordiais para a
narrativa, como características dos personagens ou outros detalhes que serão apresentados ao decorrer do livro.
O prólogo deve apenas contextualizar os leitores, então opte por informações não tão primordiais, mas que elucidem um pouco da história que seguirá.
Para deixar mais claro,
é interessante saber a origem do prólogo. Para isso, voltamos à Grécia Antiga e as primeiras apresentações teatrais. O prólogo era um monólogo feito por um narrador/apresentador, contextualizando a plateia e apresentando alguns elementos-chave para a compreensão da peça.
Tudo isso era feito antes dos atores ganharem o palco. Então,
pense no prólogo como esse monólogo que preparava a plateia, mas sem entregar o principal, que viria em seguida pela interpretação de quem realmente importava. E já que falei de história e Grécia, o prólogo tem origem no termo grego
prólogos, cujo significado é
escrita preliminar.
Talvez, agora você esteja pensando já ter visto inúmeros prólogos, ou lido a respeito em suas pesquisas para publicação de um livro. A gente sabe que na literatura, apesar dos conceitos, nada é tão regrado e há uma fluidez de conceitos e formas.
E, claro, com o prólogo não seria diferente. Existem algumas palavras bastante utilizadas para se referir ao nosso objeto de estudo, algumas delas:
- preâmbulo;
- prelúdio;
- pródromo;
- princípio;
- apresentação;
- prefação;
- anteâmbulo;
- preliminar.
Todas essas palavras têm o mesmo significado de prólogo, porém usadas em contextos diferentes. Na introdução do texto, eu mencionei algumas outras partes que compõem um livro e, após conceituar o prólogo, nada mais justo que diferenciar alguns desses conceitos.
Prólogo ou Prefácio? Qual a diferença?
Essa, com certeza, é uma dúvida que passa na cabeça de muitos escritores ao produzir um livro. O prólogo é a mesma coisa de um prefácio? E a resposta é muito simples: de forma alguma! Não mesmo!
Apesar dos dois aparecerem no início de um livro, suas funções são totalmente diferentes. Primeiro, porque
o prólogo já faz parte da narrativa da história e o prefácio são como notas explicativas justificando o porquê daquela história, inclusive pode ser usado como espaço para a opinião do autor ou de quem redigir o prefácio (um tradutor ou escritor convidado, por exemplo).
Então, se você publica um livro com as duas composições, pense que o prefácio deve vir antes de tudo, porque o prólogo já dialoga com o leitor e já faz parte do seu texto.
A diferença entre prólogo e epílogo
A diferença é visível na composição dos livros, prólogo e epílogo são antagônicos, quase que literalmente. Enquanto um inicia a história, o outro faz o fechamento.
O prólogo tem como premissa situar o leitor para o que está por vir nas páginas seguintes, já o epílogo é quase como um capítulo final, no qual o autor traz informações para encerrar a trama e evitar qualquer ponta solta na sua história. Ou ainda, deixar aquela pista de que a história não termina no livro e, provavelmente, uma continuação será lançada.
Então essa é a diferença básica: o prólogo introduz e prepara o leitor, enquanto o epílogo encerra a história ou faz aquela “deixa” para a sequência, em outro livro.
Dica para fazer um bom prólogo
Na literatura, ainda mais na escrita, é difícil dizer o que é certo ou errado, mas podemos dar dicas para que seu texto possa ser ainda mais atrativo. E tratando-se de um livro, algumas práticas podem ajudar você a conquistar o leitor já no início da leitura.
A primeira dica, a mais óbvia de todas, é trazer no prólogo o tema central da sua história. Você não precisa dizer exatamente o que acontecerá, mas ao menos sinalize a temática da obra para deixar o leitor interessado em dar sequência à leitura.
Você pode trazer no prólogo o clímax da obra. Se for uma história, por exemplo, de batalha entre povos, por que não trazer no início do livro a angústia dos combatentes? Obviamente, seus leitores irão se interessar em como essa angústia termina - se termina, né?
Apesar dessas informações que podem revisitar logo no início, evite se alongar demais, um prólogo deve ser breve, até mesmo para não se confundir com o texto propriamente.
Ainda sobre a brevidade de um prólogo, não se preocupe em trazer detalhes muito específicos sobre personagens, afinal, na narrativa você terá o momento ideal. O prólogo pode trazer algum detalhe da história que não aparecerá tão evidentemente ou que seja requisito para entendimento de um contexto.
Por exemplo: falar no prólogo o que aconteceu no mundo em 1994 é fundamental para compreender o contexto da sua história? Se sim, faça um pequeno flashback.
Considerações finais
Com essas dicas e com o conceito de prólogo esclarecido, ficou muito mais fácil para você montar o seu livro, não é mesmo? Mas, se você tem outras dúvidas com relação à publicação de uma obra, eu tenho mais uma dica!
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