A novela é um estilo literário do gênero narrativo e é tem como característica ser uma história maior que um conto e menor que um romance. Geralmente, uma novela tem entre 100 e 200 páginas, mas esta não é uma regra.
Estamos mais familiarizados a falar de novela quando nos referimos às produções dramatúrgicas, visto o sucesso das novelas na TV aqui no Brasil. Mas hoje vamos focar nos livros que são considerados novelas, ok?!
Selecionei 4 clássicos da literatura mundial para exemplificar e apresentar para você este estilo literário. Vamos lá? Boa leitura!
Vidas Secas (Graciliano Ramos)
Vidas secas é reconhecidamente o mais importante livro de Graciliano Ramos e um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Em suas 176 páginas, nesta edição publicada pela
Record em 2019, Vidas secas retrata a vida pobre de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos áridas.
O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. A família também é acompanhada pela cachorrinha Baleia.
Vidas secas faz parte da segunda fase
modernista da literatura brasileira, conhecida como “regionalista” ou “romance de 30”. É um período caracterizado por obras que denunciam fortemente as mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino.
A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua (Jorge Amado)
Uma obra curtinha, somente 120 páginas, mas incrível! A obra de Jorge Amado foi escrita em 1959, é tida por muitos como uma das mais incríveis novelas da literatura nacional.
Jorge Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade.
Algum tempo depois, Quincas é encontrado morto em seu quarto. Sua família tenta tentar dar um pouco de honra a ele, mas, no velório, os amigos de boteco dão-lhe cachaça, dispensam os trajes formais e fazem-no voltar a ser o bom e velho Quincas Berro Dágua.
Levado ao Pelourinho, o morto Quincas joga capoeira, abraça prostitutas, canta, ri e segue a farra em direção à sua segunda e agora apoteótica morte.
Crônica de uma morte anunciada (Gabriel García Márquez)
Gabriel García Márquez, publicou
Crônica de uma morte anunciada em 1981, um ano antes de receber o
Prêmio Nobel de Literatura que o colocou definitivamente como um dos mais importantes autores contemporâneos.
Nesta trama incrível, o autor monta um quebra-cabeça cujas peças vão se encaixando pouco a pouco, através da superposição das versões de testemunhas que estiveram próximas a Santiago Nasar no último dia de sua vida.
Em que e em quem acreditar? Como descartar a parcialidade das versões e “o espelho quebrado da memória” dos envolvidos. É isso que o leitor vai descobrir ao longo da narrativa sóbria e direta.
A Volta do Parafuso (Henry James)
Um livro assustador. Em 200 páginas, Henry James entrega uma narrativa envolvente, narrada em primeira pessoa, que conta a história da jovem filha de um pároco (padre responsável por uma paróquia) que, começando na carreira de professora, aceita mudar-se para a propriedade de Bly, em Essex, arredores de Londres. E lá tem a responsabilidade de cuidar de duas crianças órfãs.
Seu patrão é tio e tutor de duas crianças, Flora e Miles, cujos pais morreram na Índia. Ao chegar na casa, a jovem logo percebe que duas aparições, atribuídas a antigos criados já mortos, assombram a casa.
O livro inspirou a série da
Netflix
A maldição da Mansão Bly.
Esta foi a nossa lista de hoje. O que achou? Me conte aqui nos comentários e até o próximo texto!