Formei em engenharia ambiental em 2011. E, uau, já se passaram nove anos e acontecimentos diversos movimentaram a minha vida de lá pra cá. Trabalhei como bolsista de iniciação científica, analista ambiental em um empresa de consultoria e também como engenheiro gestor de projetos no Pará. Foram bons anos como engenheiro (apesar que não quero nunca mais vestir uma camisa social, calça jeans e bota).
Em 2015 decidi empreender. Estava extremamente chateado com o mercado. Eu queria fazer as coisas do meu jeito e era sempre "capado". Após uma demissão, vi que meu caminho seria ter meu próprio negócio. Desde 2016 tenho uma empresa, a
Friends.
Além da felicidade de, enfim, poder trabalhar com algo que eu realmente gostava, a Friends me permitiu expor o meu desejo em escrever.
Ano após ano, fui descobrindo o quão importante a escrita era importante para mim.
Sentar na cadeira, ligar o notebook, abrir o Google Docs e começar digitar artigos e pensamentos tornavam meus dias mais felizes.
Sou introspectivo e quando estou escrevendo posso em silêncio (e sozinho) posso viajar a lugares que nunca imaginei um dia ir.
Escrever é viajar sem sair do lugar
Minha mente borbulha de ideia mirabolantes, malucas! Quando estou escrevendo, posso viajar a um mundo distópico onde só há um ser humano vivo. Ou, quem sabe, voltar no tempo onde uma garota pretende estudar cinema, é impedida pelos pais e durante essa jornada encontra o amor de sua vida. E mais! Posso desvendar o mistério em torno do assassinato de um jovem estudante.
A escrita me permite criar. A escrita me permite ser quem eu realmente sou: um cara criativo, cheio de ideia malucas que, muitas das vezes, é mal compreendido.
2020 tem sido desafiador. Praticamente todo o ano permaneci isolado, saindo raras vezes de casa. E essas minhas viagens malucas me ajudaram muito a lidar com esta adversidade. Criar histórias em minha cabeça me salvou.
Para escrever muito, eu leio muito
Redescobri um antigo hobby:
leitura. E ela está diretamente relacionada com a escrita. Um não vive sem o outro. São complementares. Como diria Claudinho e Buchecha na música
Fico Assim Sem Você:
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim, sem você
Ler é pegar carona na viagem de outra pessoa, que é igualmente maravilhoso!
Aqui mesmo no BINGO eu já compartilhei vários textos com dicas para ler e escrever mais. Chega a ser engraçado a relação simbiótica entre leitura e escrita. Quanto mais eu escrevo, mais vontade eu tenho de devorar meus livros. E, enquanto eu leio, mais sinto vontade de escrever.
Um enorme passo: escrever um livro
Escrever artigos para blog ou textos diversos para a Friends se tornaram insuficientes para mim.
Eu me sentia um copo cheio d'água prestes a transbordar.
Eu precisava de um copo maior.
Desde 2017 eu ensaio escrever o meu primeiro livro. Mas naquela época me faltou disciplina, foco e, principalmente, um objetivo claro. Naquele ano, minha ideia para o livro seria falar sobre empreendedorismo, estratégias de negócios etc. Tudo isso como se fosse um romance. Cheguei a escrever dois capítulos que, particularmente, gostei bastante. Mas faltava algo...
Eu não estava entregue 100% entregue ao projeto.
Faltava amor, faltava desejo, faltava ambição. Esses três elementos mágicos são essenciais para um livro sair de forma verdadeira e satisfatória.
Um hiato de três anos.
Somente em 2020 que retomei a escrita do meu livro. Mas nada sobre empreendedorismo e negócios. Eca! Estou muito saturado dessas temáticas. Já vi e vivi muito para me apegar às frases motivacionais e ao mesmo discurso dos
influencers digitais
que falam sobre o tema.
Bom, era hora de trocar de copo e preenchê-lo com minha vontade de escrever histórias de fantasia.
Estudo e disciplina: elementos essenciais
Descobri nessa nova jornada que para escrever um livro é preciso estudar muito e ter disciplina. Comecei a escrever meu primeiro romance de forma "aleatória". E engasguei logo nas primeiras linhas. Vários "comos" me perturbavam: como começar o livro, como escrever um diálogo, como criar uma história interessante etc. Foi então que comecei a pesquisar outro como, o
"como escrever um livro?".
BINGO! Descobri que havia inúmeras pessoas ensinando técnicas de escrita. Fiquei aproximadamente três meses estudando muito e criando esboços do meu primeiro livro. Por fim, fiz o curso
Escreva o Seu Romance, do autor carioca
Raphael Montes. Este curso clareou minhas ideias e pude estruturar o meu livro, do começo ao fim.
A escrita para a vida toda
Mesmo tendo como formação profissional um curso de exatas, que erroneamente é relacionado à pessoas que não gostam de escrever, sinto que escrever muito e bem é algo que quero levar para sempre. Incorporar a escrita na minha rotina foi uma das decisões mais acertadas que tive nos últimos anos.
Que este prazer seja preservado.