Recentemente foram divulgadas diversas matérias relativas ao aumento do preço do papel, que acendeu um alerta em todo o mercado do livro. Como o papel é a principal matéria prima de um livro, é de se esperar um aumento considerável no preço final de um exemplar.
O que é possível fazer para não lermos menos? No texto de hoje, darei algumas
sugestões para que o impacto do aumento do preço do papel seja pouco sentido no seu bolso. Se você se interessa por este assunto, me acompanhe nas próximas linhas e boa leitura!
Por que o papel aumentou de preço?
O papel destinado às linhas editoriais chegou a ter um
aumento de 65% somente em 2022. Os motivos são vários, como a cotação do dólar, na qual se baseiam os preços de diversos insumos usados na impressão de livros: papel, tintas e chapas de impressão.
A pandemia trouxe
mudanças significativas na demanda por celulose para o mercado de embalagens e caixa de transporte. Portanto, o preço do papel aumenta devido à "nova" concorrência pela celulose.
Como consequência, é provável que tenhamos livros, revistas e quadrinhos mais caros, além da menor variedade de publicações.
Como continuar a comprar livros?
Mesmo com o iminente aumento do preço final dos livros, não é momento para desespero. É possível manter (e até aumentar) o
hábito da leitura. Veja como:
Leia livros digitais
Um
livro digital, ou e-book, é um
arquivo digital que possui custos de produção bem menores que um livro físico. Além de não utilizar o papel, já que todas as cópias são digitais, um e-book pode ser comercializado infinitas vezes sem que o custo inicial de produção aumente.
Naturalmente, a editora ou o autor independente, têm maior flexibilidade para trabalhar o preço praticado.
Aposte na literatura nacional
Você já deve ter percebido que livros de autores estrangeiros são geralmente mais caros que livros nacionais. E, quando falamos da literatura independente, este preço
é ainda menor. Por que essa diferença?
Uma
grande editora, quando negocia a compra de direitos de uma obra estrangeira deve, por meio de um contrato assinado, pagar royalties e taxas elevadas e esse valor é repassado ao leitor. O pior é que esses contratos são "fechados" ao ponto de
não permitir abaixar o preço do livro. Além disso, os e-books costumam ter o preço próximo ao livro físico.
Como há esse entrave, é mais provável ver livros nacionais de autores independentes com preços atraentes, principalmente se forem e-books.
Compre livros de sebos
Os sebos são uma ótima alternativa para ler gastando pouco dinheiro. Com cinco ou dez reais é possível comprar um bom título usado. E mais, geralmente os sebos aceitam um livro seu na troca por outro exemplar.
É a forma mais sustentável de ler para os que preferem livros físicos.
Faça parte de clubes de assinatura
Os clubes de assinatura costumam praticar preços melhores para assinantes de planos mais longos, de seis
ou doze meses. Além da comodidade de receber os livros em casa recorrentemente, há diversos brindes e benefícios que o leitor "ganha".
No mercado literário temos diversas opções e já escrevemos um texto específico. Confira:
Conheça os maiores clubes de assinaturas de livros.
Troque livros
Trocar livros não é comprar, eu sei, mas é uma boa alternativa para continuar lendo. Além de ser sustentável e sem custos, permite a discussão sobre o referido livro com a outra pessoa. É possível que duas ou mais pessoas comprem um livro e que estas se revezam para ler o livro.
As dicas do texto de hoje mostram
boas alternativas para o incentivo à leitura. Infelizmente, o
Brasil pouco lê e há pouco fomento à criação e manutenção desse hábito literário. Se você gostou das dicas comente aqui abaixo e até o próximo texto.