No universo da literatura e do cinema, algumas histórias têm o poder de transcender páginas e telas, tocando profundamente quem as experimenta.
Ainda Estou Aqui, do renomado escritor brasileiro
Marcelo Rubens Paiva, é uma dessas obras.
Publicado em 2015,
o livro conquistou leitores com sua narrativa emocionante sobre amor, luto e resiliência, e agora ganha nova vida no cinema com uma adaptação dirigida por Walter Sales. A trajetória dessa história, que já era marcante em sua forma original, alcançou um novo patamar com a recente conquista do
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2025, colocando o Brasil em destaque no cenário internacional.
Neste blogpost, vamos explorar a
biografia de Marcelo Rubens Paiva, autor cuja vida e obra se entrelaçam de maneira única,
mergulhar na sinopse e nos temas centrais de Ainda Estou Aqui, e
celebrar a adaptação cinematográfica que emocionou plateias ao redor do mundo.
Prepare-se para uma jornada que vai da página à tela, passando por uma das maiores conquistas do cinema brasileiro. Vamos lá? Boa leitura!
Marcelo Rubens Paiva: filho do deputado assassinado pela ditadura e autor do livro
Marcelo Rubens Paiva é um nome que dispensa apresentações no cenário literário e cultural brasileiro. Nascido em 1959, em São Paulo,
Paiva é jornalista, dramaturgo e escritor, conhecido por sua habilidade em transformar experiências pessoais em narrativas universais. Sua trajetória é marcada por uma
tragédia familiar que influenciou profundamente sua obra:
o desaparecimento de seu pai, o deputado
Rubens Paiva, durante a
ditadura militar no Brasil.
Essa dor, somada a um
acidente que o deixou tetraplégico aos 20 anos, moldou sua visão de mundo e sua escrita, repleta de sensibilidade, humor e resiliência. Seu livro mais famoso, até então,
Feliz Ano Velho, é um marco da literatura brasileira, e sua obra
Ainda Estou Aqui segue a mesma linha de autenticidade e profundidade emocional.
Sinopse de "Ainda estou aqui"
Em Ainda Estou Aqui, Marcelo Rubens Paiva constrói uma narrativa emocionante e profundamente pessoal sobre a luta de sua família pela verdade e justiça. O livro, que deu origem ao
filme estrelado pela premiada atriz Fernanda Torres e
indicado a três categorias do Oscar 2025, incluindo Melhor Filme, é um retrato comovente de resistência e amor familiar.
A história gira em torno de
Eunice Paiva. Casada com o deputado Rubens Paiva, ela esteve ao seu lado durante o exílio após o golpe de 1964.
Com a prisão, tortura e morte do marido pelas mãos da ditadura militar em 1971, Eunice assumiu sozinha a criação dos cinco filhos. Em meio à dor, ela se reinventou: voltou a estudar, formou-se em Direito e tornou-se uma defensora dos direitos indígenas. Mesmo diante de tantas adversidades, Eunice nunca permitiu que a dor a definisse, mantendo-se forte e resiliente.
Ao narrar a vida de Eunice e sua última batalha, desta vez contra o Alzheimer,
Marcelo Rubens Paiva mergulha em suas próprias memórias de infância e reflete sobre a figura do pai, Rubens Paiva, cujo destino permaneceu envolto em mistério por décadas. O livro é uma jornada emocional que resgata um capítulo sombrio da história brasileira, buscando compreender o que realmente aconteceu naquele janeiro de 1971.
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Adaptação para o cinema
"Ainda estou aqui": melhor filme estrangeiro do Oscar 2025
O ápice da trajetória de
Ainda estou aqui no cinema veio em 2025, quando o filme foi
premiado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A vitória não só celebrou a qualidade da produção, mas também colocou o cinema brasileiro em evidência no cenário internacional.
Em seu discurso de agradecimento,
Walter Sales dedicou o prêmio às duas Fernandas, Torres e Montenegro, e homenageou Eunice Paiva. A conquista foi recebida com orgulho pelo público brasileiro e consolidou o filme como uma das obras mais importantes da cinematografia nacional.