Inicialmente, estava prevendo falar sobre 5 obras de Stephen King, todavia, ao estudar sobre a bibliografia do
Rei do Terror
(alcunha que melhor o descreve), percebi que o artigo ficaria incompleto.
E,
mesmo escolhendo 20 obras, várias outras ficaram de fora. O objetivo deste aqui é apresentar a você quem foi King, sua importância para a literatura mundial e, também, listar obras significantes que podem ser o primeiro passo para você virar um fã do estadunidense de 73 anos.
Se você está curioso para saber mais sobre o mestre, me acompanhe nas linhas abaixo!
Quem é Stephen King?
Stephen Edwin King, nasceu em 21 de setembro de 1947, na cidade de Portland, Estados Unidos. Foi criado por sua mãe juntamente com o seu irmão adotivo, Dave. Ambos, por sinal, tinham uma boa relação. Os King, inclusive, até alcançar o sucesso com o seu primeiro romance,
Carrie, a Estranha (1974), passaram por sérias dificuldades financeiras.
Toda essa jornada até o lançamento do primeiro sucesso é retratada de forma bem humorada no livro
Sobre a Escrita - A Arte em Memórias (2000).
Atualmente, os livros de Stephen King venderam mais de
400 milhões de cópias
em mais de
40 países (é o nono autor mais traduzido do mundo). Além das versões impressas, várias de suas obras ganharam adaptações para filmes, séries de televisão e quadrinhos.
Naturalmente, por conta de tamanho sucesso, King é multi premiado, e, em 2003, a
National Book Foundation concedeu-lhe a Medalha por Contribuição de Destaque à Literatura dos Estados Unidos. Em 2015, King recebeu a Medalha Nacional das Artes do National Endowment for the Arts, por suas contribuições para a literatura.
A melhor forma de falar sobre Stephen King é falando de suas obras. Abaixo, uma lista com romances, contos e não ficção.
Romances de Stephen King
Os romances são, definitivamente, a "praia de King". Até a presente data, já foram publicados
59 romances (incluindo
7 utilizando o pseudônimo Richard Bachman). O primeiro deles foi
Carrie, a Estranha (1974), que você verá logo abaixo. O último, foi
Depois (2021).
No Brasil, a editora responsável pelos livros de King é a
Suma, que é o selo geek do
Grupo Companhia das Letras.
Carrie, a Estranha (1974)
Romance de estreia de King. Inicialmente, por ter achado a história de uma menina com poderes psíquicos não seria interessante, jogou o esboço no lixo. Porém, a sua esposa Tabitha (na qual são casados dede 1971) encontrou os papéis amassados no lixo, leu e encorajou Stephen a continuar com a história.
A romance é ambientado em 1979 e gira em torno de Carrie White, uma garota impopular na escola, sem amigos, e que recorrentemente sofre abusos de sua mãe. Quando chega ao seu limite durante o baile de formatura, decide usar seus poderes telecinéticos para se vingar daqueles que a atormentavam.
A obra foi enviada para a editora
Doubleday
e King recebeu
US$ 2.500,00 adiantados pela obra. Mesmo considerando o valor baixo, acreditava que pudesse receber, no futuro, aproximadamente
US$ 60.000,00 pelos direitos autorais. Para surpresa de King, os direitos autorais de
Carrie, a Estranha foram vendidos por
US$ 400.000,00! Pelo acordo com a editora, Stephen King teve direito a
50% do valor.
Foi um começo em tanto!
Salem (ou A Hora do Vampiro - 1975)
O início da carreira de King foi bem curioso. Primeiro, ele foi convencido pela esposa a publicar a sua primeira história, como vimos no tópico acima. E aí, no seu segundo romance, ele aposta numa temática nunca mais repetida - até então né, porque o homem não para de lançar livros.
Como eu já disse em outro post,
pode ser surpresa para muitos que Stephen King tenha um livro sobre vampiros. E que livro, meus amigos! Publicado em 1975, a obra chegou ao Brasil, primeiramente, com o nome de
A Hora do Vampiro. Algumas edições depois, mudou para o nome que encontramos hoje em capa:
Salem.
Esqueça o vampiro que lhe veio à mente quando eu disse que
Salem era sobre vampiros. Até porque você vai acabar esquecendo desse detalhe ao se deparar com essa obra fantástica do mestre. Para você ter ideia, o vilão mesmo da história, Kurt Barlow, que eu já mencionei no post
Os principais vilões dos livros de Stephen King, quase não dá as caras.
A história gira em torno de Ben Mears e a cidade de Jerusalem's Lot. Ah! Mas porque é sobre um personagem e uma cidade inteira? Porque Ben nasceu e passou a infância na cidade, 25 anos depois retorna como um autor com uma carreira promissora. Porém, coisas muito bizarras começam a acontecer em Jerusalem’s.
Ben Mears voltou para escrever uma história sobre uma casa abandonada, que alimenta as histórias e folclore da cidade. Porém, a tal casa está alugada para dois imigrantes e, bem, digamos que eles não são flores que se cheirem. Um deles, Kurt Barlow, ninguém nunca viu, somente o seu sócio Richard Straker. É deduzível quem são os responsáveis pelos estranhos acontecimentos na cidade, mas a forma que tudo é narrado é que te prende.
O legal é que
King não se prende em narrar apenas os desaparecimentos, mas ele nos conta como o clima da cidade está tão sombrio que os moradores começam a ter atitudes estranhas, comportamentos inadequados, agressivos. E, claro, há o embate entre os “mocinhos” e vampiros. E aqui vale destacar não propriamente a luta, mas o questionamento que King nos deixa sobre nossas crenças.
Vale a pena a leitura, porque muito além de uma história de caça vampiros, o clima, a atmosfera da obra vai te proporcionar uma experiência incrível, como só Stephen King sabe fazer.
O Iluminado (1977)
Se você tem em mente a obra prima de Stanley Kubrick, quando falamos de
O Iluminado, você não está de todo errado. Mas, digamos assim: se o filme é bom, o livro é infinitamente melhor. E não é exagero! Você pode buscar outras resenhas e críticas literárias, é quase unanimidade que
O Iluminado é um dos melhores livros de terror já escrito. E aí, muitíssimo mérito de King, essa obra é o supra sumo da sua criatividade.
Arrisco-me a dizer que
O Iluminado é o melhor livro para quem quer conhecer Stephen King. E aí, já fica o recado para você que está chegando agora no universo King: na obra, temos a construção dos personagens como só Stephen King sabe fazer e isso significa que você pode achar que ele está sendo prolixo, mas não.
Conhecer o íntimo de cada um dos personagens é fundamental para a compreensão da história e para se adentrar a uma atmosfera densa e sombria existente em
O Iluminado. E é nessa construção que o livro ganha status de obra prima e se difere - e muito - do filme.
A história, talvez, você já saiba: Jack Torrance é um escritor que coleciona fracassos, problemas com álcool e seu temperamento explosivo. Mas, eis que surge uma oportunidade para ele recomeçar junto à família. Jack aceita o emprego temporário de zelador do Hotel Overlook, que durante o inverno fica totalmente fechado para o público e isolado.
Jack parte para essa furada com a esposa Wendy e o filho Danny. E aí, King mostra o que faz de melhor. Você conhece os personagens de uma forma ímpar, você consegue entender o que levou Jack ao alcoolismo, entende porque Wendy é tão apegada ao filho e como ela é uma mulher forte -
muito diferente do que é retratado no filme de Kubrick, onde Wendy resume-se à histeria - e vê de perto o conflito de Danny e o seu “dom”.
Tentar compreender cada uma das personagens, suas aflições e conflitos internos nos deixa um tanto quanto agoniados, porque à medida que vamos as conhecendo, os conflitos sobrenaturais externos começam a acontecer numa intensidade que dá aflitos.
É preciso deixar claro que o verdadeiro vilão da história não é Jack, mas sim o próprio
Overlook. E as histórias que assombram o hotel contam ainda com personagens que dão à trama ainda mais sombriedade. O que acontece a Jack e sua família é, realmente, fora de série, como são descritos e conflitos personagens vs. hotel e personagens vs. personagens são de tirar o fôlego.
O Iluminado chancela o título de Mestre de Terror de Stephen King e sejamos sinceros, o terror psicológico inserido nesse livro é fantástico. Se você acha que não está preparado para uma leitura que vá mexer com sua sanidade, nem chegue perto.
Uma curiosidade sobre a obra: há uma história de que Jack foi baseado na própria vida de King, que também tinha problemas com o álcool e na relação com seu pai. Vai me dizer que esse detalhe não dá mais um toque sombrio à história?!
Cujo (1981)
O livro Cujo, de King, talvez seja mais famoso pela imagética da sua adaptação cinematográfica. É um daqueles clássicos que muitos sabem do que se trata, mas poucos viram e quase ninguém leu o livro. Lembrando que, quando a gente fala “quase ninguém”, nos referimos ao universo total de leitores, não ao universo de fãs de Stephen King, porque aí, obviamente, o cenário é outro!
E o que é essa história, afinal? (Quase) Todo mundo sabe que
Cujo é a história de um belo cão, da raça São Bernardo, assassino. E aí já temos um primeiro ponto de atração para a obra, afinal, porque um simpático cão, na pele de um dos mais sanguinários assassinos da literatura “Kingiana”?
Eu tenho uma teoria para a escolha e ela é ancorada na construção dos personagens, não só em
Cujo, mas em grande parte das obras de Stephen King. No livro, temos duas famílias no centro da trama, os Trenton e os Cambers. A primeira, digamos ser a vítima, enquanto a segunda família é dona de Cujo, o “vilão” da história.
Cada membro das famílias nos é apresentado e temos assim um sentimento de proximidade com as famílias, elas poderiam ser, inclusive, a nossa família. Caso morássemos nos EUA, ou mais precisamente em Castle Rock (cidade fictícia das obras de King) e nossas casas fossem enormes, sem muros e com um belo espaço para criarmos cães de grande porte, igual naquele filme que tem um são bernardo famoso, clássico da Sessão da Tarde.
Pois bem, sentir-se familiarizado com as famílias, com os personagens e suas emoções e sentimentos é fundamental para apreciar um bom livro de Stephen King.
Cujo é daqueles terror psicológico bem forte, característico de King.
A história envolve, principalmente, Donna e o filho Tad Trenton, que são atacados ininterruptamente por um cachorro raivoso. Mas, até chegar a esse ápice, temos um espírito de um serial killer aterrorizando Tad Trenton, Cujo sendo mordido por um morcego raivoso e, o mais intrigante, a narrativa do animal brigando contra “a doença”.
O que poderia ser uma história simples, como bem resumida no parágrafo acima, ganha momentos de tensão e muito terror nas descrições das cenas de ataque e angústia ao percebermos que, até mesmo o Cujo, um cachorro, está brigando com algo que o atormenta. Por isso, King faz questão de sempre nos apresentar seus fielmente seus personagens, para que seus medos e pavores passem para nós, a cada página lida.
Cujo é um livro que realmente te prende, sem divisões de capítulos, você fica naquele anseio de ler “só até chegar a uma resolução, determinado problema”.
E, para quem gosta de uma curiosidade e acredita que exista um “universo King”, em que todas as suas obras convergem, o serial killer Frank Dodd, que assombra Tad Trenton, teve seus assassinatos descritos e investigados no livro
A Zona Morta, e o xerife Bannerman aparece em ambos os livros.
A Torre Negra: O Pistoleiro (1982)
A Torre Negra
é uma série de 7 livros, sendo
O Pistoleiro
o primeiro deles - e é este o motivo dele estar na lista. Vários desses livros da série são tidos pelos fãs como os melhores de King.
Misturando alta fantasia, faroeste, ficção científica e terror, Stephen King monta uma narrativa em volta de um pistoleiro em direção a uma torre, a Torre Negra, cuja natureza é tanto física quanto metafórica no escuro.
Originalmente, o primeiro título da série foi publicado em capítulos na revista de ficção científica
The Magazine of Fantasy & Science Fiction. King começou a escrever o romance ainda quando jovem estudante, da década de 70.
Todos os títulos da série venderam 30 milhões de exemplares.
Lista com os 7 livros da série
A Torre Negra:
- O Pistoleiro (1982);
- A Escolha dos Três (1987);
- As Terras Devastadas (1991);
- Mago e Vidro (1997);
- Lobos de Calla (2003);
- A Canção de Susannah (2004);
- A Torre Negra (2004).
Cemitério (1983)
Mais um livro de Stephen King aclamado e que ganhou certo destaque devido às adaptações cinematográficas - essas ainda tiveram continuações. Pois bem, esqueça os filmes. Eles não chegam aos pés dessa obra aterrorizante, considerada por muitos como um dos mais sinistros do mestre.
Cemitério
é um daqueles terror psicológico que vai mexer e muito com sua cabeça. Para quem prefere esse estilo de terror, é um prato cheio. Mas também pode frustrar quem não conhece bem Stephen King e quer uma leitura com aqueles sustos que nos fazem pular da cadeira. Isso não tem em
Cemitério. Aliás, é uma característica de King criar o terror lá no fundo da nossa mente, quando a gente começa a ler as entrelinhas da história, quando a gente percebe, já estamos assustados com o que está acontecendo.
E é essa a sensação que temos em
Cemitério. No livro, King permite-se alongar na construção dos personagens, nos apresentando as particularidades de cada um, seus pensamentos e neuras. Em paralelo, a história vai se desenrolando: uma família que se muda para uma casa na beira da estrada, um gato que é enterrado em um cemitério indígena e volta à vida e, para terminar, um garotinho de 3 anos que também é enterrado nesse mesmo local sagrado e tem o mesmo desfecho do gato.
O que é legal em
Cemitério é como King insere a morte na história. Por mais que você esteja aguardando que algo ruim vai acontecer,
você é surpreendido pela forma natural que as tragédias são narradas, inseridas sem um momento de tensão que as antecedem, isso acaba deixando o leitor, não surpreso, mas incrédulo, porque a morte aparece quando você não imaginaria.
Se você já viu os filmes, mas ainda não leu
Cemitério, faça esse favor. Se você gostou da película, vai amar o livro. Caso não tenha gostado dos filmes é porque eles realmente são muito aquém da obra original.
Com certeza,
Cemitério é um dos livros mais assustadores de King!
It: a Coisa (1986)
Um dos calhamaços mais famosos da história da literatura,
It: a Coisa é, provavelmente, a história mais conhecida de Stephen King.
Cabe aqui fazer um parênteses e dizer que conhecida não é necessariamente lida, até porque estamos falando de mais de mil e cem páginas.
E não bastasse a quantidade de páginas,
temos em
It um King bem ao seu estilo que divide opiniões. Seria o Mestre do Terror um autor prolixo? Ou não, a narrativa detalhada é parte do seu sucesso?
It é a história de um grupo de amigos que enfrenta A Coisa por duas vezes: na infância e no presente da narrativa, quase trinta anos depois. E quem são esses personagens centrais?
O Clube dos Otários (ou os Losers) são sete amigos: Bill, Richie, Ben, Eddie, Stan, Mike e Beverly. E, para você conhecer bem o Clube, você tem que conhecer muito bem cada um dos seus integrantes. E é nesse aspecto que King “se perde” e o livro ganha extensos capítulos, pois
o autor faz questão que você conheça absolutamente tudo sobre seus personagens, incluindo o subconsciente de cada um deles.
Não bastasse a apresentação detalhada de cada um dos personagens, Stephen King ainda faz questão de contar o ambiente da cidade de Derry, no Maine. Esse é um grande diferencial de King,
ele quer com que o leitor sinta-se inserido na história, por isso suas obras são tão detalhadas.
Então, na grande primeira parte do livro, você é apresentado fielmente aos membros do Clube dos Otários, à cidade de Derry e aos personagens que, a princípio, podem parecer secundários, mas acabam tendo papel importante no desenrolar da história.
Mas, e
quem é A Coisa? Com certeza, muita gente vai falar que é o palhaço - que não se chama It.
Pennywise é apenas uma das personificações da A Coisa. O palhaço é apenas uma das formas que A Coisa encontrou para transmitir o medo. Ao longo da história, o leitor é apresentado a outras variantes da representação do medo, da A Coisa.
Em resumo, a história pode ser contada como a luta do Clube dos Otários contra A Coisa em dois momentos, na infância, no ano de 1957 e no presente, no caso da história, no ano de 1984. Mas isso seria simplificar demais uma das mais belas histórias de terror já criada.
King é o Mestre do Terror não por acaso. O livro traz muito além da violência, em certos momentos bem gore, mas tem
muito mais do terror psicológico. A construção “prolixa” dos personagens é proposital, faz com que você viva cada momento dos personagens como se fosse seu.
E, quando você está conectado ao personagem, King vem e joga a crueldade do medo e do terror em cima de você, seja através da violência contra você mesmo ou da morte de quem você ama.
Um aspecto que torna essa obra grandiosa, no sentido de espetacular, é como King consegue criar duas linhas narrativas tão bem complementares, sem a necessidade de fazer uma divisão bem formal, do tipo: “até aqui é o que aconteceu em 57, a partir de agora é a narrativa do presente.”. Em It, a história vem e vai no tempo sem se perder, deixando ainda mais intrigante a narrativa.
Outro ponto muito interessante nesse clássico é que, diferentemente da maioria das histórias, não temos apenas o ponto de vista dos protagonistas. Nesse anseio de inserir o leitor na história, de fazê-lo sentir a atmosfera de tudo que acontece, King também mostra a visão da A Coisa, dando à ela capítulos para narrar o que ela via, como ela enxergava suas vítimas.
A polêmica também está presente em
It. Há um capítulo em que
King narra uma experiência sexual entre os amigos do Clube dos Otários. Há quem ache de mal gosto e desnecessário. Mas, não querendo entrar no mérito, a grande história em
It é de um grupo de amigos que saem da infância e entram na adolescência e estão descobrindo o mundo realmente. Desde os valores até o enfrentamento de seus medos.
Pode parecer estranho a gente resumir
It a uma história de crianças que enfrentam o medo, mas a forma como King a fez é realmente extraordinária. Stephen King vai até na parte mais profunda do seu cérebro para mexer com a sua racionalidade e deixar aquela inquietação sobre o que é o medo.
Misery (1990)
Tenha cuidado ao afirmar ser fã número 01 de um autor. Ou, se você é um escritor, cuidado com alguns fãs muito entusiastas, afinal, você não vai querer ter uma Annie Wilkes para chamar de sua.
O livro
Misery - Louca Obsessão é muito aclamado pelos fãs de King, muitos o consideram como um dos melhores trabalhos do autor. Bem, a gente sabe que quase todos os livros de Stephen King sempre tem uma boa parcela de público para os colocarem como os melhores. Fato é que, se é ou não o melhor, é em
Misery
que temos a personagem favorita do autor: Annie Wilkes.
Misery é uma obra metalinguística, narra a história de Paul Sheldon, escritor de
best sellers, e Annie Wilkes, uma enfermeira aposentada e fã, louca por Paul. E aqui, quando eu digo “louca”, é no sentido literal.
A trama, se a gente pudesse resumir grosseiramente é a respeito de uma fã que não curtiu o final de um livro e, simplesmente, sequestrou o autor e o obrigou a mudar o final da história. Se essa moda pega, pelo menos com séries, o que teria de diretor sequestrado não é brincadeira.
De volta ao livro, Paul Sheldon publicou uma série de livros com a personagem Misery. Porém, cansado dessas obras, resolveu matar a protagonista e dar por encerrada a série. O que ele não contava, porém, é que ao sofrer um acidente, ele seria resgatado pela sua fã nº1.
E é aí que o bicho pega e
Stephen King traz o seu terror psicológico denso para a obra. Annie resgata o autor, porém, totalmente fora si, indignada com o final da sua série literária favorita, resolve sequestrar e torturar (fisica e psicologicamente) Paul Sheldon, até que ele reescreva o final da personagem Misery.
Misery é um livro que vai prender sua atenção até o fim, ler o sadismo de Annie pode dar uns embrulhos no estômago dos mais sensíveis. Alguns capítulos do livro são os novos escritos de Paul Sheldon (entendeu? Um livro dentro do livro), o que nos transporta ainda mais para dentro do cativeiro de Annie.
É intrigante como King constrói uma atmosfera pesada, envolvendo apenas dois personagens e em único ambiente. É o tempo todo a angústia de ler um Paul tentando escrever uma nova história, sofrendo torturas e sentindo muitas dores e, de um outro lado, Annie sádica, sarcástica, inteligente porém obsessiva, paranóica, agressiva.
O livro ganhou uma adaptação para o cinema:
Louca Obsessão. Tão impactante quanto o livro e com uma Annie Wilkes brilhantemente interpretada por Kathy Bates, a atriz acabou ganhando o Oscar, em 1991.
Curiosidade: para o filme, Jack Nicholson foi convidado para interpretar Paul Sheldon, mas recusou. Imagine a cabeça do fã de Stephen King se fosse lançado mais um filme com Nicholson interpretando um escritor, ia explodir!
A Dança da Morte (1978 - anos 90)
Eu não sei quantas vezes irei repetir essa frase ao longo do texto, mas
A Dança da Morte é considerado uma das obras primas de Stephen King. E o livro é bem o estilo que conhecemos e que muita gente associa ao escritor, ele é um
calhamaço com mais de mil páginas!
A
Dança da Morte tem uma história (do livro enquanto objeto) interessante, olha só:
Lá em 78, ano de seu lançamento, o livro não tinha as 1200 páginas que tem hoje, mas já era bem grandinho, com 800 páginas, quase 900.
Foi por volta dos anos 90 que
A Dança da Morte foi relançado com 400 páginas a mais. Pois bem, voltando aos anos 70, quando King foi lançar, ele teve um pequeno probleminha: não tinha gráfica que conseguisse imprimir o livro por inteiro, sem apresentar algum problema de impressão. Por isso, as primeiras edições saíram com alguns cortes.
Outro ponto muito importante sobre essa obra do Mestre do Terror é a presença daquele que é considerado um dos melhores vilões de todos os livros de King:
Randall Flagg.
A Dança da Morte poderia muito bem ter sido escrita agora, em 2020, 2021, porque a temática é bem atual.
O mundo é devastado por uma super gripe, 99% da população é dizimada do Planeta e o 1% restante é obrigado a viver nessa terra devastada, sobrevivendo ao conflito entre o bem e o mal.
No livro, a narrativa é bem ao estilo King de aprofundar-se muito em cada personagem, então, se você gosta de narrativas que vão direto ao clímax, ao ponto de tensão,
A Dança da Morte não é o mais recomendado.
Apesar dessa construção dos personagens dar uma sensação de “encheção de linguiça”, a escrita de Stephen King é digna do rótulo de
Mestre do Terror. Você fica preso ao livro, ao mesmo tempo que “briga” pelas longas descrições dos conflitos internos dos personagens, você fica ansioso pelo que vem pela frente.
A Dança da Morte é um livro para você se dedicar a ele, tire um tempo, prepare-se para uma leitura longa e sinistra, mas que fará você ainda mais fã de Stephen King.
Ah! Na Amazon Prime, tem a série
The Stand, baseada na obra, caso queira conhecer um pouco antes de encarar a leitura.
À Espera de um Milagre (1996)
Seria Stephen King capaz de mexer com nossos sentimentos e emoções sem ser através do medo? Em À Espera de um Milagre,
o terror de King não está presente, mas digamos que o terror dos julgamentos sociais - não só no âmbito jurídico - e os conflitos morais que somos colocados à prova estão na narrativa que ganhou as telas do cinema, com Tom Hanks no papel principal.
A história já tem
um diferencial por não ser ambientada no estado do Maine, mas sim na Lousiana, mais precisamente na penitenciária de Cold Mountain. Estão no centro da trama o ex-agente penitenciário Paul Edgecomb e o condenado John Coffey.
Para deixar a história ainda mais agonizante, Coffey está no corredor da morte, carinhosamente chamado de Corredor Verde, que o levará até a Fagulha, mais uma triste ironia, afinal ela é a cadeira elétrica que dará fim a vida de John Coffey.
E o que tem de emocionante nessa história? Paul Edgecomb nos conta a sua e a história de John quando já estava aposentado, então temos uma narrativa com flashbacks. É através das memórias de Edgecomb que descobrimos que John é condenado pelo estupro e morte cruel das crianças gêmeas Detterick.
Com o desenrolar da história, vamos entrando em um conflito moral que, provavelmente, é o que remói as memórias de Paul. Porque John não é um preso qualquer, ele tem umas peculiaridades que nos chamam a atenção e nos fazem questionar: seria ele capaz de tanta atrocidade?
John é um prisioneiro negro, alto e forte, características que já incriminariam qualquer negro que vivesse nos Estados Unidos à época da Grande Depressão (ali por volta de 1929 e 1930). Porém, como ele pode ser acusado dessa barbárie se apesar de toda força e tamanho, ele tem medo do escuro, além de um dom “milagroso”?
Alguns eventos fantásticos em Cold Mountain te dão a certeza de que
Paul Edgecomb está prestes a executar um homem inocente, e essa percepção é a mesma do agente. King faz com que a narrativa, alternando entre passado e presente, te prenda em um clímax que mistura culpa, sentimento de injustiça, agonia e medo, mas não aquele medo que envolve o terror, mas o medo de cometer uma injustiça que não tem conserto.
Sabe aquele mix de sensações que nos causam um desconforto? De pensarmos como os julgamentos que fazemos podem acabar com uma vida?
À Espera de um Milagre é a prova de King mexe com os nossos brios das mais diversas formas.
De certa maneira, essa leitura também exige um estômago forte e sensibilidade.
Novembro de 63 (2011)
Novembro de 63 está longe de ser um dos mais antigos livros de King, mas figura em diversas listas de livros favoritos dos fãs, dividindo espaço com os
“antigos clássicos”.
A obra, bem, para quem conhece bem de história e ao ver a capa do livro, sabe que tem como tema - ou, na verdade, pano de fundo -
o assassinato de Kennedy. Se isso fosse verdade absoluta, se essa fosse a premissa do livro, talvez a história não teria tanta graça.
Após se aventurar em histórias de garota com poderes telecinéticos e vampiros, por que não uma obra sobre viagem no tempo? Sim!
O grande questionamento ‘filosófico’ de
Novembro de 63 é o famoso “e se”! E se Kennedy não tivesse sofrido um ataque fatal? E se você encontrasse o amor da sua vida em uma viagem no tempo?
King não tenta criar nenhum novo conceito sobre viagem no tempo, mas ele deixa bem claro como a linha do tempo funciona na sua história e as consequências de uma possível interferência. O legal do livro é que o tempo é agente na história. Sempre que o protagonista tenta interferir na linha do tempo, o passado se mostra contrariado e age para que nada de diferente ocorra. É como se Stephen King nos dissesse que nada adianta mexer no passado, pois já vivemos a melhor realidade possível.
E é claro que não poderia faltar a narrativa do que aconteceria ao mundo se a hipótese de Kennedy não ser assassinato fosse verdade.
Você vai ver que King tem razão: não adianta mexer no passado se vamos repetir os erros no presente-futuro.
Joyland é um livro de Stephen King que eu indicaria para aquele leitor que ainda não conhece as obras de King e que não é tão adepto ao terror. Até mesmo porque, aqui, estamos diante uma obra com um teor mais de suspense e policial.
Nessa ficção policial, temos como personagem principal Devin Jones, um jovem com o coração partido e que para esquecer o pé na bunda, encontra um trabalho temporário, no qual ele vai poder dedicar o seu tempo e não pensar mais na ex.
É em
Joyland, um parque “bem americano”, que Devin vai esquecer seu último romance, mas vai ter a vida virada do avesso por outra mulher: Linda Grey. Tudo bem, se não fosse pelo detalhe de que Linda foi assassinada em Joyland.
Bem, tratando-se de Stephen King, obviamente a investigação desse crime não se dá pelas vias tradicionais. Quer saber mais sobre
Joyland? Convido você a ler
“Resenha: Joyland (Stephen King)”. Lá, eu falo um pouco mais sobre essa obra de King. E aí, vale a pena a leitura?
Mr. Mercedes (2014)
Mr. Mercedes é o primeiro livro da trilogia Bill Hodges.
E, pelo mesmo motivo de
O Pistoleiro, da séries
A Torre Negra, esta obra vencedora do
Edgar Award (2014) entra em nossa lista.
Bill Hodges é um detetive que ainda está atormentado pelo fracasso de um caso antigo, atropelamento proposital que matou 8 pessoas. Então, passa dias à frente da TV com a intenção de se matar.
Mas tudo muda quando recebe uma carta de alguém misterioso que se auto denomina
O Assassino do Mercedes. Hodges desperta da aposentadoria, decidido a encontrar o culpado.
Outsider (2018)
Um dos mais recentes livros de Stephen King tem sido um deleite para os leitores que “acusavam” King de estar “pegando leve” no terror.
Outsider é daquelas obras com um terror psicológico denso e situações extremamente repugnantes, como as obras antigas do autor.
Para você ter uma ideia, estamos falando de assassinato de criança, sodomia, enfim,
é preciso estômago e sangue frio para a leitura de
Outsider.
Considerada uma das melhores obras recente de King, temos no livro a história do brutal assassinato de uma criança de onze anos, cujo corpo foi encontrado abandonado. O principal suspeito, com todas as provas e testemunhas cravando a culpa, é uma das personalidades da cidade de Flint City, o treinador da Liga Infantil de beisebol, professor de inglês, casado e pai de duas filhas, Terry Maitland.
Com sua prisão decretada de forma ágil e até de certa forma, bem midiática, Terry tem um álibi perfeito, que parece ser capaz de inocentá-lo. Bem, é aí que o clímax aumenta: seria possível, uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo? Até quando o sobrenatural deve ser deixado de lado e passar a ser investigado?
Outsider já está sendo considerada uma das histórias mais perturbadoras de Stephen King e ainda traz conexões com a trilogia de Mr. Mercedes.
Depois
é a história de um garotinho que vê e conversa com gente morta. Essa informação você acha na contracapa do próprio livro ou em uma passada de olho na página de busca do Google. Acrescente aí, a informação de que gente morta não mente e você tem o básico para entender a história. Porém, o novo livro de King tem mais coisas que o tornam um bom livro, mesmo com suas peculiaridades que podem causar estranheza em um leitor assíduo do Mestre do Terror.
A mais recente obra de Stephen King,
Depois, é diferente de quase tudo que o autor já lançou. A primeira grande diferença está em sua capa.
Ilustrada bem ao estilo pulp, ela já demonstra que tem algo incomum ali dentro.
E a
principal diferença está mesmo atrás da capa. O livro tem menos de 200 páginas! Não é mentira, você leu certo: um livro do Stephen King com menos de 200 páginas, 192 para ser mais exato.
Mas, então, o que King entrega em tão poucas páginas? Uma história muito prazerosa de se ler, isso você pode ter certeza. E como o próprio Jamie Conklin afirma, você também encontra uma história de terror.
Antes de falar quem é Jamie Conklin, vamos explicar o porquê de uma obra tão curta.
Depois é um livro de King em parceria com a Hard Case Crime, uma editora americana que é especialista em publicações de mistério, terror e policial com uma narrativa ao
estilo pulp, dos anos 60. Outra obra de King, nesse estilo é
Joyland.
De volta ao
Depois,
Jamie Conklin é o narrador personagem principal. E aí, entra mais um diferencial para grande parte das obras de King, temos um livro narrado em primeira pessoa. E esse narrador é um garotinho de 8 anos, mas com uma jogada sensacional de King, para trazer o leitor para dentro da história, Jamie, na verdade, já tem seus 22, quase 23 anos e narra a história que ele viveu na infância.
Para quem já leu algumas obras de Stephen King, sabe como o autor adora uma personagem infantil. As crianças de King são sempre destaques, talvez pelo fato do autor não fazer da criança um personagem caricato.
Em
Depois,
Jamie conversa com o leitor com uma linguagem natural, você sente realmente conversar com uma criança. Sem ser uma linguagem muito infantilizada ou, o que é melhor ainda, sem dar à criança um tom adulto na conversa.
A narrativa é muito leve, com muita ironia e o terror em suas entrelinhas. Jamie conduz a conversa como se estivesse realmente ao seu lado, conversando com um amigo de longa data.
Sobre o enredo é algo até engraçado a percepção de cada leitor. Muitos dizem que King não sabe fazer um final à altura das suas obras. Confesso que, ao iniciar a leitura, nunca imaginei que a trama seguisse para o caminho que foi. Vou tentar explicar, sem dar spoiler.
A trama gira em torno de 3 principais personagens:
James Conklin, a sua mãe solteira e agente literária Tia e a “amiga” dela, a policial Elizabeth “Liz” Dutton. Todos cientes dos dons sobrenaturais de James e, com percepções diferentes de como o garoto deve fazer - ou não - uso dos tais poderes.
Tudo que é construído ao longo da narrativa, não nos antecipa o grande clímax da obra. O que pode ser um ponto positivo, essa reviravolta, ou um ponto negativo, por quebra de expectativa. Mas, pode ficar tranquilo, que há sim terror, mas também há suspense e, aqui, a sensação é mais de uma narrativa de romance policial. O que, cá entre nós, King faz muito bem, vide Mr. Mercedes.
O “grande final” de Stephen King sempre vem bem antes das páginas finais, então, há sim algumas revelações impactantes ao fim do livro e que podem justificar - e muito bem - a importância de um personagem que os mais desavisados podem ver como irrelevante.
É uma leitura rápida, simples, sem aquela construção característica de Stephen King dos personagens, que se alonga por capítulos. Como eu já disse, há um certo humor na narrativa de Jamie, às vezes a morte lhe é jogada quando você menos espera e contada numa simplicidade que só uma criança que ainda não entende das coisas é capaz de falar.
Depois é uma excelente recomendação para quem quer conhecer um outro lado de King. Mas, não é a melhor indicação para quem pretende começar a ler a bibliografia do autor, principalmente pela construção dos personagens e a narrativa bem mais simples e sucinta.
Livros de contos de Stephen King
Não só de romances é composta a obra de Stephen King. Ao todo, já publicou 11 livros de contos. Abaixo, alguns deles.
Tripulação de esqueletos (1985)
Esta coletânea de contos nos mostra o porquê King é o Rei do Terror. No conto mais longo, O Nevoeiro (que possui uma adaptação televisiva em forma de série), uma misteriosa neblina encobre uma pequena cidade no Meine, trazendo perigos e suspense para os humanos.
Os contos deste livro foram escritos por Stephen King entre 1964 e 1983. Aqueles que são "adaptados" aos longos romances de King, podem se frustrar pelos repentinos fins dos contos.
Depois da Meia-noite (1990)
Em
Depois da Meia Noite, King reúne 4 histórias sobre pessoas que, acostumadas à uma realidade cotidiana e palpável, encontram-se subitamente envolvidas por acontecimentos que desafiam a sanidade. O ato de "depois da meia noite" não refere ao sentido literal do andar do relógio, e sim a transição entre realidades.
Ao Cair da Noite (2008)
Esta obra é composta por 13 contos inéditos de King, que passeiam entre o suspense e o sobrenatural. Destaque para o conto
No Maior Aperto, que cria uma atmosfera sufocante que envolve o leitor.
Ao Cair da Noite foi ganhador do
Bram Stoker Award, no ano de 2008. No ano seguinte, recebeu a nomeação o
British Fantasy Award.
Escuridão Total sem Estrela (2010)
Obra composta por 4 contos, resumidamente descritos abaixo:
- 1922: O agricultor Wilfred e o filho, Hank, tem a difícil e complicada missão de decidir do que vão abrir mão: das terras da família ou da esposa e mãe.
- Gigante do volante: após ser estuprada por um estranho e deixada para morrer, Tess, autora de livros de mistério, elabora uma vingança que vai deixá-la cara a cara com um lado desconhecido de si mesma.
- Extensão justa: Dave Streeter está com um câncer terminal e faz um macabro pacto com um estranho vendedor. Mas será que para salvar a própria vida vale a pena destruir a de outra pessoa?
- Um bom casamento: uma caixa na garagem pode dizer mais a Darcy Anderson sobre seu marido do que os vinte anos que eles passaram juntos.
Não-ficção de King
Até o momento, Stephen King já escreveu
5 livros de não-ficção, vários ainda sem tradução no Brasil, listados abaixo:
- Dance Macabre (1981);
- Nightmares in the Sky (1988);
- Sobre a escrita - a Arte em Memória (2000);
- Secret Windows (2000);
- Faithful (2004).
Sobre a Escrita - A Arte em Memórias (2000)
Um dos poucos livros de não ficção de Stephen King é uma mistura de autobiografia e curso de escrita. Dividido justamente nessas duas partes,
Sobre a Escrita - A Arte em Memórias é um livro curto, para os padrões King, com pouco mais de 250 paginas. Foi eleito pela
Time Magazine
um dos
100 melhores livros de não ficção de todos os tempos e vencedor dos prêmios
Bram Stoker e
Locus na categoria Melhor Não Ficção.
A primeira parte, denominada de forma criativa com o Currículo Vitae, é uma narração de King da sua infância até o sucesso com Carrie, e Estranha. A segunda parte, tem como objetivo mostrar ao leitor, de forma prática e interessante, como é a profissão de escritor, incluindo a "caixa de ferramentas" que todo escritor iniciante deve ter.
É, de fato, uma aula incrível de como se deve escrever.
Chegamos ao final desta listagem e, para nossa felicidade, sabemos que ela não abrange nem metade da bibliografia de King. Das obras citadas, quais você já leu e quais suas favoritas? Qual livro de Stephen King você quer ver por aqui? Deixe nos comentários as suas sugestões.
Antes de você ir, quero fazer um convite. Gostaria de compartilhar a sua atenção literária, junto ao Stephen King. Por isso, quero que conheça o meu livro, a minha obra publicada neste ano de 2021.
Em
Lucas: a Esperança do Último, apenas 2% da população mundial sobreviveu à Grande Extinção. Estamos em 2042 e Lucas acredita que somente ele e seu gato Félix sobreviveram. Mas algo acontece e ele passa a acreditar que ainda pode encontrar a sua família, para isso, terá de sair em uma jornada de vida ou morte.
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