Por melhor que sejamos na escrita, boas dicas sempre são bem vindas, não é mesmo? Aqui mesmo no blog BINGO eu já falei bastante sobre
dicas de escrita.
Desta vez, decidi pegar 3 dicas práticas que farão você escrever melhor. Importante dizer que as dicas aqui citadas são, literalmente, dicas. Não são regras ou imposições.
Preparado? Então, boa leitura!
Seja simples e direto na construção dos seus textos
É uma tendência dos novos escritores escrever de forma rebuscada, procurando sempre palavras difíceis e construções de frases complexas. Engana-se quem acredita que um bom texto é aquele que utiliza somente desses artifícios. Na realidade, o contrário costuma funcionar melhor.
Ser simples e direto nas suas sentenças facilitará no acerto da criação do seu texto e facilitará o entendimento do leitor.
Pense que o principal objetivo sempre será passar a informação ao leitor de forma que ele possa compreender sem muito esforço. Afinal, um livro, ou artigo, tem como finalidade entregar algo ao leitor através das palavras. Não há um recurso visual, por exemplo, para auxiliar no entendimento da mensagem. Entregue isso da forma mais prática possível.
Evite rimas em excesso na prosa
Os
romances, estilo literário pertencente ao
gênero épico/narrativo, sempre são escritos em prosa. E a prosa, por definição, é a expressão natural da linguagem escrita ou falada, sem metrificação intencional e não sujeita a ritmos regulares. Ou seja, utilizarmos em excesso as aliterações, como a rima, pode não causar uma boa impressão ao leitor, já que o uso das palavras em si chamará mais a atenção dele que a história a ser contada. Deixe para usar de forma livre as aliterações para, por exemplo, as poesias, estilo literário do
gênero lírico.
Em um texto em prosa, o mais importante é prender a atenção do leitor no enredo. Mas não entenda que é proibido o uso das rimas, apenas atente-se para que a utilização deste recurso não desconcerte o leitor. Por fim, uma dica interessante:
leia o seu texto em voz alta para você escutar como ele está soando.
Defina o seu narrador antes de começar a escrever
As duas dicas acima servem tanto par textos de ficção como para textos de não ficção. Esta terceira diga, no entanto, é focada para textos/livros ficcionais.
Além de uma boa trama, com fatos que se conectam perfeitamente na narrativa, outro fator determinante no engajamento do leitor é quanto à definição do narrador. Não importa qual o
ponto de vista
adotado no seu livro. Importante é seguir do início ao fim a proposta definida no início. Mudar a narração de forma involuntária ao longo da narrativa é um erro de construção e seu texto perderá em qualidade. Veja o exemplo abaixo:
"Quando cheguei em casa do trabalho dei um beijo em minha esposa. Enquanto tomava banho, minha esposa ligou para a sua mãe".
Na sentença acima, há a mudança do ponto de vista da primeira pessoa (voz do sujeito) para primeira pessoa (narrador onisciente). Na primeira frase, o sujeito narra a sua chegada em casa e o beijo na esposa. Porém, na segunda frase, o sujeito está no banho, ou seja, distante da cena e "alguém", o narrador onisciente, informa que o sujeito está no banho.
Se a mudança de narrador for feita de forma voluntária, tudo bem. Inclusive, este é um dos fatores que demonstram maturidade e complexidade de criação do escritor.